sábado, 10 de julho de 2010

Matéria no site da Natura pela Folie Comunicação



Quer trocar figurinha?



Colecionar figurinhas é uma paixão que diverte muitas crianças, adolescentes e adultos. É bom para todas as idades. Elas são fascinantes, estão disponíveis em vários formatos e abordam personagens admirados, como artistas ou jogadores de futebol, animais, passagens históricas, séries de TV, desenhos animados, sucessos do cinema, heróis e super-heróis, entre outros tantos temas.
Para as crianças, o hábito estimula o raciocínio, o interesse por assuntos diversos e o aprendizado. E, o que é melhor, contribui para a socialização, afinal a troca de figurinhas ajuda a fazer novas amizades. Para os adultos, o hobby é excelente no combate ao estresse, pois é pura diversão.
Colecionar figurinhas também leva pais e filhos a uma ação conjunta. Os adultos compram as figurinhas para as crianças e, assim, as ajudam a completar seus álbuns. Não importa o estilo, sempre que um tema fascina o público, o álbum se torna uma febre e faz o que muitos jogos ou brincadeiras infantis não conseguem: criar uma ligação de cumplicidade entre pai e filho.
Pais e filhos
O engenheiro civil Juliano Tritapepe, 30 anos, sempre colecionou álbuns de figurinhas com a ajuda de seu pai. Os preferidos eram os de premiação e os de futebol. “Meu pai sempre foi participativo, ele comprava os álbuns e me ajudava a colar as figurinhas”, lembra.
Para ele, trocar figurinhas é uma forma de interagir com as pessoas. “Ajuda a desenvolver a disciplina, as crianças fazem amigos e aprendem a ser comunicativas e sociáveis”, acrescenta. É por isso que o engenheiro já pensa em começar esta gostosa brincadeira com sua filha, de apenas um ano de idade.
Os álbuns de figurinhas estimulam o desenvolvimento das crianças em muitos aspectos. Dependendo do tema, elas podem aprender a decifrar os números, a identificar as bandeiras de países, as diferenças culturais e raciais, além das cores. Por isso, a maioria dos pais incentiva as coleções. Como é o exemplo da família Estevez.
Os irmãos Mariana e Gabriel Estevez, 10 e 5 anos, respectivamente, estão na mesma competição pelas figurinhas da Copa do Mundo 2010. Mas o trabalho árduo sobra mesmo é para o pai, Sérgio Estevez. “Compro os cromos e levo no trabalho para trocar com meus amigos. Quando chego em casa, a expectativa dos meus filhos para completar o álbum é fascinante,” relata.
Ele conta que faltam apenas treze figurinhas e seus filhos estão aprendendo a “negociar” com os colegas para consegui-las em troca de outras repetidas. “Aproveitar esses momentos é uma experiência imperdível, pois estreitamos os laços. Para as crianças é uma hora gostosa, em que estamos todos juntos”, diz Sérgio.
O exemplo de Matheus Campos Pereira, 5 anos, não é diferente. Ele também conta com o apoio do pai para comprar as figurinhas. “Só faltam dois jogadores do time do Brasil e o da Argentina também está quase completo”, diz outro pequeno colecionador do álbum Copa 2010. O pai, Daniel Pereira, está sempre junto do filho em suas coleções. “Sento com ele e ajudo a colar as figurinhas no álbum. Faço questão de participar desse momento”, afirma.
Hoje, é muito fácil ter uma coleção, pois a oferta de álbuns e empresas fabricantes é enorme. Uma boa dica para trocar figurinhas repetidas, é usar a internet ou participar dos encontros de colecionadores em vários pontos de sua cidade. Antes, conheça a história desse hobby e aprenda a jogar o bafo, para aumentar as chances de completar suas coleções.
A história das figurinhas
As primeiras figurinhas surgiram em 1867, na Europa. Já no Brasil, a ideia só chegou em 1895, com a série Marinha Brasileira, na qual era possível colecionar a frota de navios brasileiros. Nesta fase, o problema era guardar as figurinhas sem estragá-las, pois os colecionadores não tinham um local certo para guardar suas coleções. A solução só veio com o primeiro álbum criado 40 anos depois da invenção das figurinhas brasileiras, em 1934.
Já os envelopes com os cromos chegaram em 1949, com a Casa Editora Vecchi, tornando assim o álbum uma iniciativa comercial e dando início às vendas em bancas de jornal. Até então, as figurinhas ainda eram coladas no álbum com cola branca e só em 1979 foi criada a primeira figura autoadesiva, facilitando o trabalho e deixando os álbuns mais bonitos e melhor conservados.
Aprenda o jogo do bafo
  • Primeiro é necessário ter um monte de figurinhas, de preferência repetidas;
  • Coloque as figurinhas em uma mesa ou no chão, umas sobre as outras e voltadas para baixo;
  • Em seguida, as crianças devem dar tapões (com as mãos em concha) no monte de figurinhas e tentar virar o máximo de cromos possíveis;
  • Quem virar mais, ganha o jogo, e cada um leva as figurinhas que virou para casa.