terça-feira, 28 de abril de 2009

Fiel volta por cima
Com a palavra os torcedores do Corinthians


Kátia Lemos

Baseado em fatos reais - Fiel o filme, revela o sofrimento de verdadeiros corintianos com a queda do time para a segunda divisão do campeonato brasileiro de 2007 e a felicidade de ver o time retornar como campeão da série B do mesmo campeonato em 2008.

O longa é dirigido por Andrea Pasquim e tem como roteiristas Serginho Groisman e Marcelo Rubens Paiva. O produtor é Gustavo Ioschpe que por uma paixão nacional vendeu seu único apartamento para custear a produção do filme, até a possível chegada de um patrocinador. Todos na equipe são corintianos roxos.

A resposta do público fiel foi espetacular, revela o produtor. “Assim que o projeto foi divulgado mais de 20 comunidades no Orkut foram criadas, os torcedores combinaram de se encontrar nos cinemas, levar bandeiras, ir de uniforme, fazer uma verdadeira festa,” diz Ioschpe.

O documentário revela diversas histórias de vida de pessoas anônimas que fazem tudo pelo time do coração, eles explicam que já se nasce corintiano e é impossível contornar esta situação, não é fanatismo, e sim amor puro e verdadeiro.

De acordo com o assessor de imprensa Luciano Signorini os personagens foram escolhidos pelos depoimentos deixados no site oficial do filme e observações da equipe nos estádios. Ele ainda revela que o clube receberá parte da verba arrecadada devido o filme ser um produto oficial licenciado pelo clube.

São 93 minutos de um sentimento inexplicável, desde histórias comoventes até as mais engraçadas. Na sala de cinema é possível ver o orgulho dos fiéis, conta o torcedor Marcos Santos. “Todos aplaudem, cantam músicas da torcida choram e choram, pois se identificam com algumas histórias emocionantes, eu mesmo chorei,” revela.

quarta-feira, 22 de abril de 2009


Desigualdade entre os sexos permanece avançada


por Kátia Lemos


A Constituição Federal estabelece a igualdade de gênero. Perante a lei todos são iguais, conforme artigo 5º, inciso I.. Mesmo assim a realidade demonstrada em pesquisas no mundo ainda é outra: as mulheres continuam em desvantagens diante dos homens.


O diferencial de renda entre os sexos tem sido apontado em inúmeros estudos, baseado em pesquisas feitas pela Confederação Internacional dos Sindicatos (ICFTV, em inglês), 300 mil mulheres de 24 países ganham em média 22% a menos que os homens.


A disparidade salarial entre homens e mulheres reduziu-se de forma "muito tímida" ao longo dos últimos dez anos. "A persistir essa tendência, seriam necessários mais de 75 anos para eliminar completamente a desigualdade salarial por sexo", relata a Gerente de RH do Grupo Estado, Andrea Oliveira.


Depois do Brasil, as maiores diferenças ocorrem na África do Sul, México e Argentina. Além disso, as mulheres sofrem discriminações como menor promoção da carreira profissional e a carência de políticas que conciliem o trabalho e a vida familiar.


De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres em carreiras de sucesso como as executivas, são solteiras e sem filhos, o que comprova a dificuldade de conciliar as duas coisas.


Existe também a diferença salarial entre mulheres brancas e negras, ou seja, entre todos os problemas, as mulheres negras são as que mais sofrem. Os rendimentos chegam a ser 60% inferiores ao do grupo padrão, conforme o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).


Cada vez mais, mulheres tem se especializado em diversas funções para igualar-se aos homens, porém para as empresas parece que nada mudou.“Exemplos claros são as metalúrgicas, onde mulheres realizam serviços pesados e recebem salários inferiores aos dos homens”, comenta Fernanda, ex-funcionária de uma metalúrgica em São Bernardo do Campo.


Matéria publicada no site Expressão online.


sábado, 18 de abril de 2009

Associação faz a diferença na Zona leste
Pessoas vêem de todos os lugares à procura da felicidade

Kátia Lemos

Promover a solidariedade, visar à melhoria da qualidade de vida e combater a epidemia do vírus HIV são características do Instituto Vida Nova, localizado na zona leste de São Paulo. Seu maior projeto é a Academia Malhação, que auxilia no tratamento da lipodistrofia (perda de massa muscular). As aulas são gratuitas e os pacientes apenas contribuem com o valor das camisetas para freqüentarem as atividades.
Com o encaminhamento do Hospital Emilio Ribas e de outros hospitais da região leste, a demanda de pacientes cresceu 90%. Inicialmente ele foi criado para a população carente e sem condições de pagar pelo tratamento da zona leste nos bairros de Itaim Paulista, São Miguel, Guaianazes e Itaquera, e agora os pacientes vêm de bairros como: Santo Amaro, ABC, Suzano, entre outros.
O local é cheio de crianças acompanhadas de seus pais e adultos solitários. “Quando cheguei aqui estava com depressão, mas depois que comecei a participar da Academia meus exames melhoraram, sem contar a auto-estima e encontrei amigos com quem posso conversar sem medo,” conta o paciente Eder Gomes.
Além da Malhação Vida Nova, o local oferece outros projetos como: Abrindo Portas, uma assistência em domicílio às pessoas que vivem com HIV/AIDS; Saúde na Feira serve para ampliar o nível de informação e prevenção das DST/HIV – AIDS e o Encontro de Relações Humanas em HIV/AIDS é um evento anual que possibilita maiores conhecimentos e troca de experiências entre as pessoas. “O Vida Nova sempre me ajudou recebo assistência de cesta básica, visitas dos agentes de saúde, atendimento social e no natal meu filho recebe presentes,” diz Célia Regina.
Esta foi à forma encontrada para diminuir o sofrimento de pessoas discriminadas pela sociedade, então a associação ainda distribui benefícios aos assistidos pelo programa, como: suporte psicológico, assistência jurídica, cursos, palestras, cestas básicas, fraldas descartáveis, medicamentos, vestuário e utilidades domésticas.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Doação voluntária permanece em baixa
Baixos índices de doadores pode ser causado por herança cultural


Kátia Lemos

A taxa de doação de sangue na América Latina é considerada baixa se consideramos países como Argentina (7%), México (3,7%), Chile (6,7%), Venezuela (7%) e Bolívia (23,2%). Porém os dados brasileiros não são dos piores com média de 50 %, alcançam a Colômbia 50.5%, e ficam atrás da Costa Rica (57,1%), Cuba e Uruguai, onde 100% das doações são voluntárias.

De acordo com a Fundação Pró-sangue, instituição pública ligada à Secretaria de Estado da Saúde e a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em nosso país a doação vinculada (reposição de sangue por uso de um parente/amigo) predomina com cerca de 50% do total de doações, sendo o restante doação de voluntários.

Por mês, a assessora de imprensa Vânia de Oliveira revela que a Fundação coleta e processa cerca de 13.000 mil bolsas de sangue que têm como destino 128 hospitais da Região Metropolitana de São Paulo. “Desse total aproximadamente 43% do sangue é consumido na Região metropolitana, 22% do Estado e 6% em todo o Brasil,” diz.

Segundo a Assessoria, o brasileiro não doa sangue por problemas de origem cultural. Acredita-se que pelo fato do Brasil nunca ter sido atingido por guerras e grandes tragédias, a população não adquiriu este hábito de doar sangue regularmente. Sendo que, na Europa as pessoas encaram a doação como um dever cívico.

Diversos projetos e campanhas são realizados para sensibilizar a sociedade, para evitar, por exemplo, a morte de 500 mil mulheres por ano devido problemas de hemorragia na gravidez, conforme divulgação da OMS (Organização Mundial de Saúde). Porém, essas ações não são divulgadas corretamente e não chegam até os brasileiros.

No caso da doação de órgãos, o país possui hoje um dos maiores programas públicos de transplantes do mundo. Mesmo assim, ainda é vítima e contabiliza 69 mil brasileiros na lista de espera para transplante de órgãos.

No último ano o número de doadores aumentou graças a ações, como o treinamento de 500 profissionais na área da medicina de transplantes, divulgação das histórias de pessoas que necessitam de um transplante e da diferença de vida dos pacientes transplantados.

Segundo o médico da central de Transplantes de São Paulo, Dr. Reginaldo Boni, os níveis de doação no Brasil são insuficientes também por falta de planejamento, “Partilho da idéia de que o insuficiente número de doadores está relacionado ao baixo número de notificações por parte dos hospitais onde existem potencias doadores,” diz.

Dentre as atribuições da Central de Transplantes estão o controle da alocação de órgãos doados, o seguimento das inscrições de pacientes que necessitam de um transplante, além de cursos de formação na área da obtenção de doares. Em cada estado existe uma Central que centraliza estas atividades.

Para ser um doador de órgãos não precisa ser constatada a morte encefálica. Alguns órgãos podem ser doados em vida, como: fígado, rim, medula óssea e pâncreas. Ou seja, os voluntários são considerados doadores em vida. Realizar algum tipo de doação na área da saúde significa prolongar a perspectiva de vida de alguém.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Direitos Humanos: A Desigualdade continua
Brasil alcança com êxito 03 metas do milênio

Katia Lemos

Estatura mediana, aparência fraca, cansada e sem moradia. Assim é Fátima, 45 anos.
Há dias e noites vaga pelas ruas do centro de São Paulo, sem ter um lugar confortável para descansar, tomar banho ou comer. E nesse momento, não existe ninguém para ajudar. “Não consigo emprego devido minha idade, sendo assim, não tenho dinheiro para alugar uma casa, comer e ter uma vida digna como qualquer pessoa. Então, ela pergunta: Por que o governo não pode ajudar-me”? Fátima não deixa de ter razão.
Mas, mostra que desconhece seus direitos como cidadã e o que diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos, na qual consta que é responsabilidade do Estado cuidar da sociedade. Porém, se tudo fosse como está escrito eles (mendigos) não estariam nesta situação.
Na Declaração Universal dos Direitos Humanos está escrito que: Todo ser humano tem direito e deveres, sendo a família o núcleo natural e fundamental da sociedade, tendo direito à proteção da sociedade e do Estado, conforme artigo 17 da Constituição Federal. Ainda no artigo 21, 22, 25 e 26 destacam-se os direitos ao acesso de serviços públicos, segurança social, emprego, padrão de vida estável e o direito a educação.
Andando pelas ruas da capital, do país e do mundo não se vê as coisas desta forma, e sim milhares de pessoas sem moradia, sem escola, sem atendimento médico, e o principal que mudaria estas vidas, o emprego. Como é o caso de Fátima e milhares de pessoas em todo o mundo, indiferente do continente, país, estado ou cidade.


As 08 metas do milênio
Diante de tantas cenas como estas vistas pelo mundo afora, desde o ano 2000, cerca de 190 países esforçam-se para alcançar as 08 metas do milênio estabelecidas pela ONU (Organização das Nações Unidas) até 2015. São elas: 1)Erradicar a extrema pobreza e a fome, 2)atingir o ensino básico universal, 3)promover igualdade entre os sexos e autonomia das mulheres, 4)reduzir a mortalidade infantil, 5)melhorar a saúde materna, 6) combater o HIV, 7)garantir a sustentabilidade ambiental e 8) estabelecer parceria mundial para o desenvolvimento do planeta.
Atualmente o Brasil é um dos únicos participantes a chegar próximo das metas, de acordo com informações do PNUD (Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento), responsável por conectar países, ajudar pessoas a construir uma vida digna, entre outros.
O Brasil consta nos relatórios com 100% de aprovação nas metas 1, 4 e 6, 95% nas metas dois e três e 50% nas metas 5, 7 e oito. O grande desafio passa a ser então atingir as metas em todas as regiões do país e do mundo e pelos diferentes grupos sociais.
Diante da crise financeira mundial é considerável que não se concretize estes objetivos até 2015 diversos países enfrentam dificuldades. Estima-se que somente com a crise do preço dos alimentos mais de 100 milhões de pessoas cairão de volta à pobreza, ou seja, os que mais necessitam de ajuda serão os que mais sofrerão com tudo isso.
Para Ana Soares, oficial de planejamento, avaliação e monitoramento do PNUD, é importante frisar que a responsabilidade pela prevenção da mortalidade infantil, por exemplo, não é só da família e não é só um problema de falta de educação, informação e ações preventivas por parte dos pais. O acesso a saúde, água potável, saneamento básico, educação, entre outros, é responsabilidade do Estado. “A educação a partir do lar é essencial para destruir todos os preconceitos e tornar as oportunidades iguais para todos.” Diz Ana.
O último relatório global publicado em 2008 pela ONU relata progresso desigual no mundo, e sendo assim, no ritmo de desenvolvimento atual a maioria dos países não chegará a alcançar todas as metas do milênio dentro do prazo estabelecido até 2015.
Enquanto grandes potências mundiais estiverem passando por situações difíceis com a crise financeira, milhares de pessoas no mundo continuarão na situação de Fátima, ou até mesmo pior, aguardando auxílio de um lugar que talvez nunca chegue.


matéria publicada no Jornal Expressão da Universidade São Judas

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Videolocadoras lutam por sobrevivência
As locadoras de vídeo arriscam tudo para se manter no mercado com aluguel de filmes

Kátia Lemos

Atualmente o mercado brasileiro demonstra um grande crescimento de compra e venda de DVDs e CDs piratas, o que dificulta a vida útil das vídeolocadoras em todo o País. Hoje só sobrevivem oito mil estabelecimentos desse tipo, enquanto em 2006 o número eram 12 mil.

Para manter-se vivas na comercialização de DVDs, as locadoras inventam a cada dia um novo meio de atrair clientes. Em muitos estabelecimentos existem brinquedos e mini-dvds infantis para crianças enquanto seus pais escolhem seus filmes com calma.

Conforme a gerente da Renata Vídeo, Sandra, é difícil competir com esta grande variedade de produtos piratas, mas a vídeolocadora garante sua sustentação devido à preferência do público fiel. “Muitos clientes não gostam de produtos de má qualidade e que estragam o laser dos aparelhos de DVDs”, diz Sandra.

A Renata Vídeo dispõe de muitas filiais, entre elas, a loja diferenciada do bairro Tatuapé que já dispõe do Blu-Ray, o que garante uma sobrevida aos discos de filmes e que impedem a pirataria.

A Renata Vídeo dispõe de site personalizado e revistas gratuitas de divulgação dos filmes do mês para seus clientes.“Nosso estabelecimento está sempre atento aos lançamentos, não podemos deixar faltar catálogos nas prateleiras. Na maioria das vezes, as pessoas procuram lançamentos para aluguel ou filmes antigos”, relata Sandra.

Promoções e preços baixos também fazem parte das formas de atrativos para conquistar clientes. Neste mês de março os filmes mais procurados estão entre as novidades como: A Duquesa, 007 – Quantum of Solace, Queime depois de ler e o comentado Gomorra.

A longo prazo, no entanto, seria possível dizer que o destino das locadoras de vídeo segue os passos dos VHS e dos discos de vinil, que sobrevivem graças à paixão de seus colecionadores.