quarta-feira, 22 de abril de 2009


Desigualdade entre os sexos permanece avançada


por Kátia Lemos


A Constituição Federal estabelece a igualdade de gênero. Perante a lei todos são iguais, conforme artigo 5º, inciso I.. Mesmo assim a realidade demonstrada em pesquisas no mundo ainda é outra: as mulheres continuam em desvantagens diante dos homens.


O diferencial de renda entre os sexos tem sido apontado em inúmeros estudos, baseado em pesquisas feitas pela Confederação Internacional dos Sindicatos (ICFTV, em inglês), 300 mil mulheres de 24 países ganham em média 22% a menos que os homens.


A disparidade salarial entre homens e mulheres reduziu-se de forma "muito tímida" ao longo dos últimos dez anos. "A persistir essa tendência, seriam necessários mais de 75 anos para eliminar completamente a desigualdade salarial por sexo", relata a Gerente de RH do Grupo Estado, Andrea Oliveira.


Depois do Brasil, as maiores diferenças ocorrem na África do Sul, México e Argentina. Além disso, as mulheres sofrem discriminações como menor promoção da carreira profissional e a carência de políticas que conciliem o trabalho e a vida familiar.


De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres em carreiras de sucesso como as executivas, são solteiras e sem filhos, o que comprova a dificuldade de conciliar as duas coisas.


Existe também a diferença salarial entre mulheres brancas e negras, ou seja, entre todos os problemas, as mulheres negras são as que mais sofrem. Os rendimentos chegam a ser 60% inferiores ao do grupo padrão, conforme o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).


Cada vez mais, mulheres tem se especializado em diversas funções para igualar-se aos homens, porém para as empresas parece que nada mudou.“Exemplos claros são as metalúrgicas, onde mulheres realizam serviços pesados e recebem salários inferiores aos dos homens”, comenta Fernanda, ex-funcionária de uma metalúrgica em São Bernardo do Campo.


Matéria publicada no site Expressão online.


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